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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O DIA NASCEU FELIZ!



O Santos FC foi ao Japão com uma tarefa obrigatória e não tão simples, como alguns poderiam crer e o Internacional sentiu na pele: vencer a semifinal!
Essa tarefa tornou-se ainda mais complexa quando seu adversário foi definido: o campeão japonês, que conta com três brasileiros: dois dentro e um fora de campo.
A torcida santista surpreendeu, comparecendo em grande número ao estádio, apesar da maratona que deve ter sido a viagem e do frio.
Um torcedor rival, num programa de rádio, demonstrando uma solene dor de cotovelo, além de sérios problemas de visão e raciocínio, “tirou onda” do Santos, dizendo que, se o Alvinegro da Vila for campeão, talvez consiga mais uns cinco torcedores... A resposta do apresentador foi perfeita: “Se maior torcida fosse garantia de título, a China seria campeã de tudo!”.
Francamente, o que importa é aonde a gente chega por méritos! E o Santos está lá com todos eles, dentro e fora de campo!
E assim foi que, superando o nervosismo da estreia e o fato de jogar contra um time da casa, o Alvinegro conseguiu uma bela vitória coletiva, mostrando que Neymar é muuuuito importante, mas que tem companheiros que também sabem resolver.
É importante destacar que o Kashiwa Reysol não tinha nada de bobo, pois passar pelo Monterrey não era tarefa tão fácil. Nelsinho arrumou bem o time, com destaque para o lateral direito Sakai, autor do gol japonês e pretendido pelo Santos.
Nenhum dos gols do Alvinegro foram frutos da inocência da defesa adversária, mas da competência de Neymar e Borges, em abrir espaços mínimos para o arremate, em meio à forte marcação nipônica; e de Danilo, cobrando falta com perfeição, mostrando uma habilidade que ainda não era destaque em seu currículo.
Tivemos, ainda, bolas na trave e outros lances agudos, embora nossa defesa tenha voltado a inspirar preocupação.
Não dá para esconder que Durval, na lateral esquerda, é uma improvisação; e que Leo, vindo de contusão, talvez não aguente o “tranco” de 90 minutos contra o temível Barcelona. Adriano também faz falta num meio de campo onde Henrique não brilhou, Elano pouco apareceu e Ganso tem lampejos, mas ainda não está em plena forma.
Agora, passada a obrigação inicial - cumprida com méritos! -, o Santos tem pela frente a uma luta tipo Davi e Golias, uma missão quase impossível: vencer o Barça! A menos que o Al-Sadd promova a maior zebra da história do futebol mundial!
Mas, já que estamos falando de Davi e Golias, é bom lembrar que o Qatar fica por perto de onde essa história aconteceu...
Qual o segredo para vencer o Barcelona?
Não tem novidade desde que existe o futebol: marcar mais gols do que leva!
Para isso, no entanto, é preciso ter muita concentração, espírito coletivo, fé e, aproveitando a período pré-natalino, lembrar que só peru morre na véspera ou quando o jogo é na Argentina.
Kashiwa 1 x 3 Santos: o jogo foi na Terra do Sol Nascente, mas, foi aqui que o dia nasceu feliz!
Que venga el Barça! Ou não...

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Que Jogo!


Poucas vezes vi um campeonato ter uma final com dois times tão bem qualificados na tabela e nas quatro linhas do campo, dentro e fora desse retângulo, aliás.
Quase não deu para respirar!
Com todo “ôba-ôba” que tentaram fazer em cima da garotada do Santos, com essa história do “já ganhou”, eu francamente temia por uma quebra no ritmo alucinante que o Time da Vila vinha mantendo. Afinal, final é final desde que o mundo do futebol é mundo!

O Santo André não tinha nada a perder e, por isso mesmo – e brilhantemente – foi para cima do Alvinegro, com um time altamente eficiente e vibrante. Para piorar, Neymar, com o tornozelo e o olho machucados, não conseguia render quase nada.

Sair de campo perdendo por 1 x 0 foi lucro para o Santos, pois poderia ter levado mais gols, tanta foi a pressão do time do ABC.
Mas, se o técnico do Santo André havia montado um esquema de jogo “redondinho” e dado um semi-baile no Santos, o intervalo serviu para mostrar que Dorival Júnior tem o time na mão. Eu não queria ser uma “mosquinha” para ter estado no vestiário do Alvinegro, pois, provavelmente, teria sido mais uma vítima da fantástica bronca que ele deve ter dado no time.

Resultado: o Santos FC voltou arrasador na segunda etapa, com André e, fundamentalmente, Wesley protagonizando um “senhora virada”, daquelas de fazer amplamente jus à fama recente conquistada por esse time que tem encantado até os mais viscerais e obstinados adversários.
Parecia que assistiríamos mais uma goleada histórica, ainda mais quando um jogador do Santo André foi justamente expulso, pois já tinha um cartão amarelo e “gravata” não faz parte do uniforme de nenhum time de futebol. No entanto, o Santo André foi para cima, mostrando um brio difícil de encontrar até nos mais tradicionais clubes brasileiros.

Final: 2 x 3! E não deu para relaxar nem um segundo, nesta que foi uma das melhores partidas, não só deste Campeonato Paulista, como dos últimos tempos desse torneio tão desdenhado por uns, mas que nunca perdeu seu encanto, tanto que a “dor de cotovelo” está por aí, mais forte do que nunca.
Nada está definido, embora o Santos tenha ampliado ainda mais sua já boa vantagem, mostrando que, além de competência técnica e tática, também está crescendo em maturidade. O choro de Wesley, que está fora da última partida, é prova desse espírito que inunda o time do Peixe. E é nesse “mar” de bola o elenco tem nadado de braçada.

Mas o Santo André provou mais uma vez ser um adversário de altíssimo nível: técnico, aplicado, corajoso e incansável.

Assim, novas e grandes emoções nos aguardam na derradeira partida, no gramado e nas arquibancadas, como a maravilhosa homenagem da torcida santista aos grandes craques do passado.
Esse time tem: passado, presente e futuro!
Aguenta coração!

Adilson Luiz Gonçalves
Mestre em Educação
Escritor, Engenheiro, Professor Universitário e Compositor
Ouça textos do autor em: www.carosouvintes.org.br (Rádio Ativa)